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São Paulo: o centro consumidor

Especial Regiões: a produção suína de São Paulo ainda está aquém de sua necessidade.

Redação SI (Edição Regiões 159/2002) – Com uma produção anual de 178 mil toneladas de carne suína, o Estado de São Paulo ainda não consegue suprir a demanda interna do produto. Os paulistas consomem cerca de 14 quilos da carne por ano, chegando a um consumo total de 445 mil toneladas. Nesse sentido, o Estado compra boa parte da carne suína que consome de outras regiões como Santa Catarina, Paraná, Goiás e Mato Grosso. “Essas importações que fazemos são de produtos embutidos e outros industrializados”, diz Valdomiro Ferreira Júnior (foto), presidente da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS).A suinocultura ocupa hoje o quarto lugar de importância dentro da atividade agropecuária paulista, participando com 8% do PIB estadual. A sua geração de empregos é maior do que a arrecadação de impostos, pois o ICMS é diferido aos suinocultores. Segundo Ferreira Júnior, o Estado conta com 2012 propriedades suinícolas, no sistema independente, sendo 518 tecnificadas, 1100 de média tecnificação e o restante de produção familiar. Dezoito frigoríficos, com inspeção, abatem os animais produzidos por estas propriedades.”O grande problema de São Paulo hoje na suinocultura é que o Estado ainda compra mais do que produz”, afirma Ferreira Júnior. “São Paulo não tem uma agroindústria de peso para a transformação de produtos suínos”. O presidente ainda diz que o território paulista tem condições de ampliar a sua produção suinícola em cerca de 30%. “Temos terras, fácil acesso a grãos e mão-de-obra especializada”. No entanto, essa potencialidade encontra obstáculos que são calculados na ponta do lápis pelo dirigente. “Aqui em São Paulo não existe uma política de controle de integração para a produção suinícola como há no Sul. Tudo por causa da mão-de-obra paulista que é aproximadamente 33% mais cara que a mão-de-obra do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina e do Paraná. O abastecimento de grãos, apesar de contarmos com excelentes vias de transporte e produção no sudoeste do Estado, boa parte vem de outras regiões como Paraná e Centro-Oeste. E isso acaba encarecendo o seu custo em torno de 60%”.Porém, São Paulo é hoje o principal mercado distribuidor e consumidor de industrializados do País. As maiores redes de hipermercados, supermercados e redes varejistas contam com lojas por todo o seu território. “Essas redes comercializam cortes resfriados ou semi-resfriados de carne suína e os açougues comercializam o que chamamos de carcaça quente”, explica. O Estado também conta com a disponibilidade de toda a tecnologia voltada para a suinocultura. Praticamente todas as empresas de genética, laboratórios, nutrição animal e equipamentos possuem unidades produtoras ou escritórios instalados na região. “Temos também o Instituto de Tecnologia em Alimentos (Ital), com o seu Centro de Tecnologia em Carnes (CTC), instalado em Campinas, e vinculado ao governo estadual”.Raio X – O custo médio de produção do quilo de suíno vivo em São Paulo, durante as 52 semanas de 2001, foi de R$ 1,24. “Com picos de entre R$ 1,78 e R$ 1,08”, diz Ferreira Júnior. A diferença bruta nos preços ocorreu em função da questão cambial (alta do dólar), preço da soja e a redução da área plantada de milho (8%). “Porém, a queda de 42% no preço pago ao produtor não foi repassada ao preço pago pelo consumidor final”. Hoje, a média de produção por porca ao ano nas granjas paulistas é de 26 terminados.

São Paulo possui uma extensão territorial de 248 mil quilômetros quadrados. Possui 7,9 suínos alojados por quilômetro quadrado, que dá uma média de 0,05 suíno por habitante. “Temos o menor número de suíno por habitante do País. A média nacional é de 0,22 suíno por habitante”. De acordo com Ferreira e com os cálculos da APCS, São Paulo poderia abrigar mais 572 mil cabeças suínas, sem gerar problemas ambientais. “Hoje o Estado não tem grandes preocupações com os dejetos suínos”, afirma. “Mas já há tendências para a separação dos líquidos e dos sólidos para o tratamento e reutilização na limpeza das granjas (líquidos) e aplicação como adubo orgânico (sólidos) em lavouras”.Nos últimos quatro meses, o preço do quilo vivo do suíno em São Paulo foi comercializado a uma média de R$ 1,60. O saquinho com um quilo de esterco, proveniente dos dejetos tratados, é comercializado nos supermercados a R$ 2,15. “Cada suíno produz até 15 quilos de dejetos por dia. Uma pessoa produz até três quilos. Precisamos incentivar os suinocultores a criar uma nova fonte de renda. Fazer do problema uma solução”, alerta Ferreira Júnior.Sob o aspecto sanitário, o Estado recebeu certificação de área livre de febre aftosa com vacinação e de peste suína clássica em maio de 2001. Neste ano, começará a ser feito o controle de Brucelose no rebanho paulista.Para otimizar a suinocultura paulista, além de aumentar a produção, Ferreira Júnior diz que seria necessário adaptar os frigoríficos para a venda de cortes da carne suína. “Precisaríamos também de uma política de comercialização mais sólida, trazer a tipificação de carcaças e mudar a cultura do produtor quanto aos preços impostos pelos frigoríficos”, diz. “Hoje, o suinocultor paulista recebe R$ 1,60 por quilo de suíno produzido e R$ 2,60 pelo quilo da carcaça. Os cortes são vendidos ao consumidor a um preço médio de R$ 3,96 e os embutidos a cerca de R$ 8,80. Quem é que está levando mais?”.

Principais empresas de suinocultura instaladas em São Paulo

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