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Setor se une para vender carne suína no Sul

O objetivo é escoar os estoques de carne suína e amenizar a crise.

Redação SI 02/09/2002 – Produtores, agroindústrias e supermercados fecharam um acordo para reduzir os preços da carne suína no Paraná e em Santa Catarina a partir da segunda quinzena de setembro. O objetivo é escoar os estoques de carne suína e amenizar a crise. Estima-se que estejam retidas no campo 100 mil cabeças no Sul do país, o equivalente a 80 mil toneladas. O Rio Grande do Sul pretende seguir o exemplo e o setor se reúne essa semana.

A campanha promocional vai durar 15 dias no Paraná e um mês em Santa Catarina. Com redução de margem do supermercado e da agroindústria, o preço da carne suína ao consumidor irá cair de 10% a 15%, dizem os organizadores da ação.

Os criadores ficaram incumbidos de distribuir materiais nos pontos-de-venda. “Estamos preparando 500 mil folders”, diz Paulo Tramontini, presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS).

Em Santa Catarina, as agroindústrias que irão participar com a promoção são Aurora, Seara e Pamplona. No Paraná não foram fechados os nomes, mas o frigorífico Frimesa deve ser um dos participantes. Nos dois estados serão 1.280 lojas em promoção – incluindo Sonae, Carrefour e Pão de Açúcar.

A expectativa da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs) é poder levar a iniciativa para o resto do país.

Com o custo de produção em R$ 1,30, devido à alta do milho e da soja, o suinocultor enfrenta dificuldades, pois está recebendo R$ 1,12 pelo quilo vivo em Santa Catarina e Rio Grande do Sul e R$ 1,10 no Paraná. “O objetivo dessa campanha é melhorar a rentabilidade do produtor”, diz Romeu Carlos Royer, presidente da Associação Paranaense de Suinocultores. “Queremos transformar o problema em oportunidade”, afirma Pedro Benur Bohrer, diretor da Abipecs.

Segundo José Zeferino Pedrozo, presidente em exercício da Aurora, a demanda está melhorando, mas não há perspectivas pagamento de maior preço para o criador. “Não sei se o consumidor vai poder pagar o custo de produção”, afirma.