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Sorgo pode substituir o milho?

Veja as propriedades do sorgo, enquanto substituto do milho na alimentação animal.

Da Redação 27/11/2002 – O sorgo é uma gramínea de origem africana, pertencente à família Graminae e de nome científico Sorghum bicolor. É utilizado em todas as partes do mundo na alimentação humana e animal.  Sua área plantada ao redor do mundo situa-se no quinto lugar entre aqueles cereais mais plantados, ficando atrás apenas para as produções de trigo, arroz, milho e cevada.

No Brasil, durante a safra de 2001/2002, foram produzidas 850 mil toneladas sorgo granífero, distribuídos nas diferentes regiões do país que, comparada à produção de milho de 37,9 milhões de toneladas no mesmo período, mostra que o cultivo do sorgo ainda é pequeno no solo brasileiro. Os principais produtores de sorgo encontram-se na região Centro-Oeste (57,97%) e tem sua maior concentração nos meses de julho e agosto.

Seria necessário um maior estímulo à sua produção, mas é o ingrediente alternativo com maior disponibilidade. Seu perfil nutricional está em torno de 95% em relação ao milho. A sua digestibilidade é ligeiramente reduzida em caso de ausência de processamento térmico, pois seu teor de amido está intimamente associado à proteína. O que mais preocupa com o uso do sorgo é o seu conteúdo em taninos, com propriedades dos aminoácidos em até 10% da matéria seca.

Uma das características do sorgo é ser mais resistente à seca que o milho, sendo este um fator importante, pois a cultura pode ser implantada em regiões com baixa pluviosidade. Existe uma grande variedade de cultivares de sorgo as quais podem apresentar grãos com características químicas e biológicas diferentes. Embora o país não seja um grande produtor de sorgo, esse cereal poderá vir a se tornar um excelente substituto para o milho nas rações animais, tanto pelas suas características nutricionais como pela menor exigência da cultura quanto a solo e clima e pelo menor preço de compra.