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Suinocultores também pedem CPI

As bruscas quedas no preço do suíno estão fazendo com que os produtores reivindiquem uma CPI na suinocultura.

Redação SI 24/04/2002 – Primeiro foram os produtores de leite, depois os avicultores do Paraná. Agora é a vez da Associação Brasileira de Criadores de Suínos (ABCS) solicitar aos Estados do Sul e ao Congresso a instauração de Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs).

O alvo das investigações é a queda brusca nas cotações dos suínos nos últimos 60 dias. Do final de fevereiro até a última segunda-feira, os produtores perderam R$ 0,20 por quilo do suíno vivo e existe uma tendência de perdas ainda mais acentuadas. Um dos fatores que vem comprometendo a lucratividade da suinocultura na região sul do País é a estiagem prolongada.

Além do aumento no milho, segundo informações do Centro de Estudos Avançados em Economia Agrícola (Cepea), os produtores do oeste de Santa Catarina estão abatendo animais com peso menor, o que está reduzindo os preços pagos baseados no rendimento de carcaça, pelos frigoríficos.

Os suínos estão pesando menos que o normal devido à escassez de água para manejo e alimentação nas granjas, decorrente da falta de chuvas. Outro fator que preocupa os produtores de suínos é a dificuldade da conquista de novos mercados externos.

Exportação – Segundo informe da ABCS, a Associação Brasileira da Indústria Exportadora de Carne Suína (Abipecs) e a Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS) estão pessimistas em relação à possibilidade de voltar a exportar para o mercado comum europeu e Ásia. Mercados como a Itália e o Japão devem continuar fechados devido à possível resposta negativa da União Européia (UE).

Embora a “reconquista” do mercado russo tenha sido importante, significando embarques anuais de cerca de 800 mil toneladas, a liberação das exportações está restrita a carcaças congeladas ou partes que serão industrializadas no destino. Com isso, as indústrias deixam de agregar valor ao produto.

Mas, dados preliminares do Ministério da Agricultura informam um salto de 30,1% no volume de suínos exportados no primeiro trimestre de 2002 em relação a igual período de 2001 totalizando 570,3 mil toneladas. Em receita houve avanço de 23,63%, para um total de US$ 709, 8 milhões.