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Trabalho e qualificação - por Joel Naegele

Ao analisarmos o fenômeno eleitoral, como se dará a resposta dos eleitos ao que deles se espera? Leia artigo.

Trabalho e qualificação - por Joel Naegele

Como foi possível constatar após a contagem dos votos, o Estado do Rio de Janeiro terá no poder, a partir de janeiro de 2013, alguns prefeitos novos, ou seja, não reeleitos, e escolhidos em condições políticas diferentes. Alguns se elegeram com a participação decisiva dos prefeitos anteriores, outros contra a vontade dos detentores do poder até então, e houve ainda candidatos que derrotaram prefeitos que pretendiam se reeleger. Enfim, tivemos de tudo em termos de resultados. Do meu ponto de vista, isso é didático e mostra que o eleitorado amadurece, é capaz de separar o “joio do trigo” e fazer as escolhas do seu gosto, na esperança de que os eleitos correspondam às suas expectativas e aos seus anseios.

A pergunta que fica no ar, ao analisarmos o fenômeno eleitoral, é como se dará a resposta dos eleitos ao que deles se espera. O desenvolvimento econômico com geração de resultados, isto é, com a criação de oportunidades de trabalho e emprego, talvez constitua a grande meta a ser alcançada. No entanto, os investimentos e as ações para a conquista desse objetivo ambicioso passam também pelo processo de ampliação do conhecimento das pessoas que precisam trabalhar. A meu ver, essas pessoas, em sua grande maioria, necessitam de preparo para tal, e isso torna-se viável com a aplicação de cursos adequados.

Um dos grandes entraves no processo de desenvolvimento no país tem sido exatamente a falta de qualificação de pessoal para o exercício de funções técnicas e administrativas das quais as empresas tem se mostrado absolutamente carentes. É possível que aí resida um das preocupações que irá exigir dos prefeitos atenções e cuidados especiais.

Bom senso, compromisso e responsabilidade serão requeridos para o alcance dessa meta, as quais se somarão a outras necessidades que irão sempre existir, como por exemplo, a melhoria substancial da educação nos municípios, no que se refere ao Ensino Fundamental, ou seja, as primeiras letras têm se mostrado bem distantes das necessidades. Por outro lado, a saúde pública, cujas queixas se avolumam a cada ano, terão de ser encaradas com responsabilidade e agilidade.

Como se vê, os desafios são grandes e precisam ser encarados com disposição e inteligência.

Joel Naegele, vice-presidente da Sociedade Nacional de Agricultura